João Carlos Amador recebe prêmio do GDF por trabalho desenvolvido com “Histórias de Brasília” - Sambacomm

João Carlos Amador recebe prêmio do GDF por trabalho desenvolvido com “Histórias de Brasília”

Data: 21/01/2021 - 07h22
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São quatro livros publicados, um programa que já soma mais de 1 milhão de visualizações nas redes sociais, 119 mil seguidores no Facebook, 75 mil no Instagram.  Ah, e uma radionovela em produção feita em parceria com o BSB 61. Todos esses projetos renderam ao publicitário e jornalista João Carlos Amador, CEO do Histórias de Brasília, o primeiro lugar na categoria “Profissional de Mídias Sociais” do Prêmio “Brasília: O Novo Olhar do Turismo”, promovido pela Secretaria de Turismo do GDF. A iniciativa busca identificar, reconhecer, valorizar profissionais e iniciativas que tenha atuado de forma proativa em benefício do desenvolvimento do turismo do Distrito Federal nos últimos dois anos.

Em sete anos de trabalho dedicados a divulgar e preservar a memória de Brasília, João Carlos Amador garante que as histórias da cidade nunca acabam: “Eu não sabia que ia achar tantas coisas com esse trabalho. Uma coisa se liga à outra e ainda tem muito para contar”.

Em entrevista à Sambacomm, o publicitário conta como foi o início do Histórias de Brasília  e quais são os maiores desafios para manter de pé o projeto que, até pouco tempo atrás, não era rentável financeiramente.

Quando o projeto começou e o que mais te inspirou nesse início?

Comecei em 2014, só no Facebook. A rede social ainda estava “engatinhando” naquela época. Tive a ideia baseada numa página chamada SP Antiga. Acredito que fomos os primeiros no Brasil a fazer uma página na internet com essa proposta. Antes, trabalhos desse tipo eram muito acadêmicos: textos grandes, teorias, poucas fotos. Resolvi, então, fazer uma coisa mais parecida, adaptar a informação na linguagem de internet, trazer fotos e textos curtos. Para se manter em pé, é muito trabalho. A pesquisa que não para nunca.

Ao que credita o sucesso do público depois de tanto tempo?

Foi um pouco de tudo. O formato de internet, o consumo mais imediato do conteúdo, a permanência no tema. Eu posto praticamente todos os dias há sete anos. Falo de personalidades antigas, trago variedades, curiosidades, o que mantém o público engajado. Aí o pessoal não para de seguir. Quando o conteúdo começa a não ficar relevante, busco outras alternativas. A constância de publicação ajudou muito e também minhas colunas no Jornal de Brasília e na CBN.

Eu faço um trabalho de memória brasiliense e trago muitos assuntos que as pessoas não acham no google, por exemplo. O público gosta disso.

Acha que seu trabalho no Histórias de Brasília se conecta com o seu trabalho de redação publicitária? Te dá ideias, por exemplo, te deixa mais criativo?

Tanto o Histórias de Brasília, como a minha vivência em agências de publicidade, me ajudaram a formatar o projeto do jeito que ele é hoje: um produto de fácil consumo. Assim como me preparo para fazer uma campanha online e captar a atenção de uma pessoa, também penso no meu conteúdo. Aplico essas técnicas nas coisas que faço, optando por textos curtos, mais interessantes, fotos impactantes.

Histórias de Brasília 2 eBook: Amador, João Carlos: Amazon.com.br: Loja KindleTodo bagagem na comunicação ajuda também. Não existe mais publicidade online e off-line, as campanhas são pensadas de uma forma só e eu tenho essa visão no meu trabalho também.

Avaliando projetos de comunicação independentes como o seu, por que acha que Brasília não tem tantas propostas assim?

Eu vejo várias tentativas, diversas iniciativas. Percebo que as coisas não vão muito para frente por não serem rentáveis. Já vi muitos projetos legais acontecendo, mas as pessoas desistem e é compreensível. Além do trabalho regular, tem que guardar algumas horas do dia para produzir conteúdo paralelo. Dá muito trabalho!

Felizmente, nunca pensei em desistir. Sempre foi algo que gosto muito de fazer, algo que busquei para mim. Na carreira de publicidade tenho clientes, não posso criar livremente sempre, mas no Histórias de Brasília tenho mais liberdade e é algo que o criativo de publicidade sempre busca: uma válvula de escape para criar como quiser. Isso me ajuda no campo profissional, a ser um criativo sem amarra nenhuma. Posso errar e acertar e só depende de mim.

Hoje, é um projeto independente e rentável?

Agora que está começando a dar um lucro maior. Antigamente não dava nada. À medida que o projeto tem mais credibilidade, os clientes procuram mais pelo trabalho sério desenvolvido. No caso do Histórias de Brasília, quanto mais o cliente se identifica com a cidade, mais ele procura. Faço muitos projetos com imobiliárias e construtoras, que são os clientes “certos” que se identificam com o conteúdo, com o concreto da cidade.

Pretendo transformar o site num modelo que consiga comercialização, porque atualmente é  um repositório de conteúdo, mas as redes sociais, principalmente o instagram, geram receitas fazendo parcerias com conteúdo.