#CRIATIVOSBSB: “AS CAMPANHAS FAZEM DIFERENÇA NA VIDA DAS PESSOAS” (ANA ALVARENGA, WMCCANN) - Sambacomm

#CRIATIVOSBSB: “AS CAMPANHAS FAZEM DIFERENÇA NA VIDA DAS PESSOAS” (ANA ALVARENGA, WMCCANN)

Data: 23/03/2021 - 06h00
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Com olhar especial para as pessoas à frente da criação de campanhas marcantes e visando destacar o potencial criativo de Brasília, a Sambacomm continua a série #CriativosBSB, trazendo entrevistas com profissionais de criação que atuam nas principais agências da capital.

Convidamos Ana Alvarenga, redatora da WMcCann, que já passou por grandes agências e tem em seu portfólio clientes como Caixa, Banco do Brasil, Sebrae e Ministério da Saúde.

Você já passou por várias agências importantes. Conta um pouco sobre sua trajetória até chegar na WMcCann.

“Logo no comecinho da carreira eu trabalhei com varejo de clientes locais em Brasília, depois fui pro Promo na Flap, saindo de lá fui pro Online na Casa Digital, e depois para as agências de publicidade tradicional. Fui primeiro pra Nova/sb, depois fui pra Propeg por alguns anos, e acabei voltando para a Nova. Nesse tempo, desde a Flap, sempre tive a CAIXA como o cliente em comum das agências, atendi a Caixa em promo, off e on. A primeira vez que não atendo essa conta é agora, na WMcCann, que entre outras contas temos o BB, concorrente direto”. 

Como você vê o mercado de comunicação em Brasília? Na sua opinião, existem desafios específicos ao trabalhar com projetos criativos na capital?   

“O mercado daqui tem uma formatação única, desde os briefings até os formatos das agências. Somos em maioria um mercado voltado para as contas públicas, isso traz desafios muito específicos, precisamos estar bem atentos às novidades do planalto para criarmos. Uma das coisas que se potencializa no nosso mercado é a observação crítica das nossas entregas, temos sempre que estar atentos a interpretações políticas para as nossas campanhas. 

A gente cria aqui, em uma relação quase sentimental, temos na nossa mesa todos os dias briefings que realmente mudam a vida das pessoas e fazem diferença no país. Uma conta como o Ministério da Saúde, que atendi por alguns anos, vem cheia de desafios, mas quando paramos para perceber, notamos que as campanhas realmente fazem diferença na vida das pessoas”. 

Fazendo uma retrospectiva sobre seus trabalhos, quais foram as campanhas mais marcantes que você desenvolveu ou participou?

“Acho que como falei acima, tem muita campanha na nossa história de Brasília que fica no coração da gente por realmente fazer a diferença no dia a dia das pessoas. 

Mas se eu fosse colocar trabalhos aqui em destaque, falaria da campanha de Infecções Sexualmente Transmissíveis que fizemos na Nova/SB. Essa campanha quando foi ao ar gerou muita polêmica, foi assunto comentado no Twitter, por personalidades e políticos. Ela dividiu as pessoas e os veículos de comunicação entre quem amou e quem odiou, porém o mais importante: fez as pessoas falarem sobre usar camisinha e a importância dessa proteção. Cumpriu seu papel de comunicação e extrapolou os meios de mídias planejados”. 

 

Você mencionou que já fez muitos trabalhos para a Caixa. Tem algum que você gostaria de destacar?

“A Caixa é um cliente bem diverso, além da comunicação do banco em si, tem as campanhas de loterias que são sempre divertidas de criar. 

Mas se tivesse que dar destaque a uma campanha da Caixa, falaria da campanha do fim de ano – Caixa 2018, maioridade do milênio. Essa peça foi bem importante na minha carreira, me abriu algumas oportunidades no mercado”.

Quais são suas perspectivas para o mercado da comunicação este ano? 

“Seria um pouco de otimismo exagerado falar que teremos pela frente um bom ano, acho que essa situação atual é cansativa para todo mundo, pessoal e profissionalmente. 

Mas acredito que esse ano será um ano para as empresas aprenderem. Ano passado quando entramos na pandemia, muitas empresas viram as mudanças, como o home office, como algo quase que imediatamente temporário, hoje um ano depois a gente já vê esse tipo de ação não passará tão rápido. Cabe ao mercado se adaptar aos novos formatos, tornando as agências mais leves em suas estruturas para serem mais rápidas e modernas em suas entregas. Mesmo que haja uma perspectiva de voltar a ser como era antes nos mesmos moldes, é importante que as empresas tragam aprendizados. 

Ainda será um ano difícil, mas observando o cenário do mercado, não estamos em nosso pior momento, algumas mudanças políticas afetaram muito mais as veiculações e contratos do que o cenário atual, estamos revendo a nossa forma de trabalhar, mas seguiremos comunicando, agora mais do que nunca, levando nossas ideias para dentro da casa das pessoas”.