“Nós vamos sobreviver”: Campanha do Grupo Gay da Bahia faz reflexão sobre isolamento social - Sambacomm

“Nós vamos sobreviver”: Campanha do Grupo Gay da Bahia faz reflexão sobre isolamento social

Data: 05/11/2020 - 08h30
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O que seria o novo normal para milhares de lésbicas, gays e transexuais que muitas vezes têm que se isolar socialmente para sobreviver? “Sim, sabemos muito bem o que é estar só”, responde a nova campanha da Propeg para o Grupo Gay da Bahia para promover a 19ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ da Bahia, que acontecerá virtualmente no dia 22 de novembro.

Usando como trilha sonora uma regravação da música I Will Survive, a peça faz um paralelo do que seria o “novo normal” e reflete sobre as dificuldades enfrentadas por milhares de pessoas LGBTQIA+, como a invisibilidade, solidão e necessidade de usar máscaras sociais para se proteger.

Segundo o presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira, em meio à pandemia, muitos gays, lésbicas, travestis e transexuais tiveram que  voltar às casas dos seus familiares para se protegerem. Só que, em vez de encontrar refúgio, boa parte dessas pessoas se deparou com a intolerância e o ódio de pais, irmãos e parentes inconformados com sua orientação sexual:

“Mesmo sem ir às ruas, é importante que a nossa comunidade permaneça unida e atuante, para continuar a luta pelos nossos direitos junto às entidades governamentais e para a afirmação da nossa liberdade”, afirma.

O CCO da Propeg, Emerson Braga, conta que, durante a criação e desenvolvimento da campanha, a agência entrevistou inúmeros gays, lésbicas, travestis e transexuais que compartilharam relatos emocionantes sobre conflitos familiares vividos durante a pandemia.

Movimento LGBTQIA+ de Brasília carece de recursos de financeiros

Em Brasília, pessoas do movimento nunca viram a produção e veiculação de uma campanha tão grande como essa. A capital é conhecida como a terceira parada mais antiga do gênero no Brasil, no entanto, carece de recursos financeiros a serem aplicados em publicidade e propaganda.

O ativista Michel Platini, que esteve à frente da organização do evento até o ano passado, disse em vídeo que enfrentava dentro da própria coordenação da Parada a necessidade de fazer algumas mudanças estruturais e de ampliação da participação de outras pessoas na organização da Parada.

Assista ao vídeo da campanha no youtube.

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