AÇÃO USA REAÇÕES DE JOVENS AO VER FOTOS DE ISTS PARA CONSCIENTIZAR SOBRE USO DE PRESERVATIVOS

Em 2019 a Nova/SB criou para o Ministério da Saúde uma campanha nacional de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Com o conceito “Sem camisinha, você assume esse risco” a campanha teve como objetivo conscientizar os jovens entre 15 e 29 anos sobre a importância do uso do preservativo. 

Usando o formato “react”, bastante conhecido em vídeos na internet, a campanha instiga os jovens a procurarem na Internet por imagens dos sintomas de algumas dessas infecções, para que tenham uma real noção do que pode acontecer com quem não se previne. Nas peças, aparecem as reações dos jovens ao verem imagens de doenças que podem ser prevenidas com o uso da camisinha, como sífilis, gonorreia, cancro mole e herpes genital. Além de estimular o uso da camisinha, a campanha tem também o objetivo de estimular o diagnóstico precoce, informando que a rede de saúde está apta a fazer os testes de infecção e o tratamento dessas doenças. 

Ana Alvarenga, que participou da criação da campanha, disse em conversa com a Sambacomm que a campanha gerou muita polêmica quando foi ao ar. “Ela dividiu as pessoas e os veículos de comunicação entre quem amou e quem odiou, porém o mais importante: fez as pessoas falarem sobre usar camisinha e a importância dessa proteção. Cumpriu seu papel de comunicação e extrapolou os meios de mídias planejados”, afirma. 

O gatilho para a curiosidade foi um fator importante para o sucesso da campanha, visto que  incentivou as pessoas a pesquisarem imagens daquelas infecções, reforçando a frase que vinha no final do filme da campanha: “Se ver já é desagradável, imagine pegar.“

O Ministro da Saúde na época, Luiz Henrique Mandetta, declarou sobre a campanha: “O que percebemos é que se a gente perguntar para a população sobre a importância da camisinha, todos eles dirão que é muito importante, que previne doenças, HIV, sífilis, etc. Mas, se perguntarmos se eles utilizam o preservativo, notamos que, entre a informação e a ação existe uma lacuna, então, o desafio que foi colocado é como que a gente faz com que essa informação que a maioria já têm, se torne uma ação. Então temos que abordar a consequência do não uso do preservativo. A campanha ficou instigante e o objetivo é fazer com que a população fique com receio de não usar o preservativo e saber a consequência desse ato”.