Brasil ultrapassa EUA em investimentos de publicidade em 2021, segundo consultoria - Sambacomm

Brasil ultrapassa EUA em investimentos de publicidade em 2021, segundo consultoria

Data: 21/06/2021 - 06h00
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Segundo a empresa de consultoria norte-americana Magna, os gastos com publicidade global terão um crescimento de 14% em 2021, em um levantamento que é feito há 60 anos pela empresa. 

 

 

O mesmo estudo mostra que o Brasil vem crescendo em investimentos publicitários e chega a ultrapassar os Estados Unidos em ritmo de crescimento, ocupando a 3° posição prevista para o ano. 

O crescimento do Brasil será maior do que o dos Estados Unidos, que continuará como o maior mercado publicitário do mundo, respondendo por quase 40% do total global. Lá o crescimento será de 15,1%, a maior taxa de crescimento em 40 anos, chegando a um montante de US$ 259 bilhões.

O valor global passará dos US$ 579 bilhões de 2020 (quando a Covid fez o faturamento cair 2,5% em relação ao ano anterior) para US$ 657 bilhões, o maior valor desde que a Magna começou a fazer esse acompanhamento, há mais de 60 anos. Todos os 70 países monitorados apresentarão crescimento.

Além das boas notícias para este ano, a consultoria prevê que o crescimento continuará no ano que vem, com um incremento de 6,6% em relação a 2021. E o melhor: a publicidade brasileira estará novamente entre as de maior crescimento.

O crescimento histórico de 14% é quase o dobro da última previsão feita pela própria Magna em dezembro do ano passado, quando previa um incremento de 8% para 2021.

Os autores do estudo explicam que a revisão para cima se deve a um início de ano melhor do que o esperado e a uma perspectiva econômica cada vez mais forte para os próximos meses, em  função do ajuste para 6,4% da previsão do crescimento do PIB global feita pelo Fundo Monetário Internacional. 

Dessa maneira, a pesquisa prevê que a atividade de marketing e os gastos com publicidade serão alimentados por um forte consumo, um mercado de trabalho em rápida recuperação, a reabertura de muitos negócios e com isso a retomada dos principais ramos de anunciantes, que haviam sido mais atingidos pela pandemia no ano passado, entre eles o automotivo, de viagens, de entretenimento e de restaurantes. 

De acordo com Vincent Létang, vice-presidente executivo da Magna e responsável pelo estudo, a retomada impele a reconexão das marcas com seus públicos:

“Como a recuperação econômica é mais forte e mais rápida do que o previsto em vários dos maiores mercados de publicidade do mundo e o consumo acelera, as marcas precisam se reconectar com os consumidores.” afirma Létang.

O estudo ainda aponta que a diferença das taxas de crescimento entre a publicidade digital e não digital nunca foi tão expressiva ao longo do período em que a pesquisa vem sendo desenvolvida.

Com um crescimento de 20% em relação ao ano passado, a publicidade digital deverá responder por 64% do faturamento total, chegando a US$ 419 bilhões. 

Por outro lado, a publicidade não-digital, que já tinha caído 18% em 2020 em relação ao ano anterior, permanecerá quase estável este ano, com um crescimento de apenas 3%, chegando a 238 bilhões.

Esse padrão de crescimento de dois dígitos para a publicidade digital e de um dígito baixo para a não-digital deverá se repetir em todos os países segundo o estudo, que prevê que as mudanças nos estilos de vida, consumo de mídia e modelos de negócios  provocadas pela Covid farão com que o uso do comércio eletrônico e do marketing digital continue a toda velocidade em 2021.