Delivery com drones: revolução na indústria pode gerar receita de R$ 30 bilhões até 2030 - Sambacomm

Delivery com drones: revolução na indústria pode gerar receita de R$ 30 bilhões até 2030

Data: 19/11/2020 - 11h34
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Se você vir cada vez mais drones voando por aí, entregando encomendas sem nenhum contato físico, não se assuste. A tendência é de que esse tipo de delivery de produtos gere uma receita, ao redor do mundo, de R$ 30 bilhões até 2030 e cresça constantemente a partir do próximo ano. A conclusão é do estudo The Global Delivery Drones and Robots, realizado com os principais mercados emergentes, incluindo países da América do Sul, como Brasil, México e Argentina.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou em agosto deste ano que a empresa Speedbird Aero iniciasse a entrega de produtos utilizando drones. Foi a primeira vez que o órgão concedeu uma certificação do tipo, o que permitiu que o equipamento possa ser utilizado no delivery também.

Em caráter experimental, a autorização é válida até agosto de 2021. O drone desenvolvido e autorizado para operações de transporte de carga é o de modelo DLV-1. A aeronave pesa aproximadamente 9 kg, pode chegar a até 32 km/h e transportar produtos de até 2 kg.

Para viabilizar a entrega, a plataforma de pedidos de alimentação Ifood criou um “droneporte” – um espaço separado para os pousos e decolagens dos drones. De lá, o equipamento, todo projetado no Brasil e com 90% das peças importadas, saiu para buscar a encomenda em um restaurante de um shopping da cidade, após um pedido feito pelo celular.

Como funciona a entrega no Brasil

A aeronave projetada pela Speedbird para fazer os testes tem 1,5 metro de altura e 1,20 de largura, seis motores, dois aparelhos de GPS, funciona com tecnologia 4G e tem até paraquedas para situações de emergência. Ela é capaz de transportar em velocidade de 32 km/h, e a caixa de transporte possui monitoramento da temperatura.

O drone tem autonomia de voo de 30 minutos, em um raio máximo de 5 km. Além disso, a chuva pode gerar impactos, assim como ventos acima de 50 km/h. O software para navegação e operação da aeronave também foi desenvolvido pela Speedbird e realiza todo o voo de forma automatizada. Por uma questão de legislação, no entanto, é acompanhado do operador, que pode intervir caso necessário durante os trabalhos.