Disney+ no Brasil: o que muda no mundo do streaming com a chegada do novo serviço

A hashtag #Disney+ dominou os trending topics nacionais nesta terça-feira, 17 de novembro, data em que o serviço de streaming chegou ao Brasil e a outros países da América Latina, como México e Argentina. Embalada pelo slogan “Tudo em um só lugar”, a nova plataforma reúne filmes e séries da franquia, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic.

Comparações com outros serviços, como Netflix, Prime Video e Hulu foram inevitáveis nas redes sociais, principalmente com piadas e memes sobre o valor da mensalidade de R$ 27,90. No entanto, segundo analistas da empresa de tecnologia e dados Bloomberg, a “Disney já venceu as guerras do streaming”.

No twitter BR, por exemplo, não se falava em outra coisa além da troca de mensagens, sem rivalidade, entre as gigantes do streaming. No tweet de anúncio da Disney, a Netflix respondeu desejando boas vindas e ainda brincou pedindo a terceira temporada da série mais famosa da plataforma, The Mandalorian. Brincando, a Netflix respondeu dizendo que se os dois forem assistir à série juntos, é “melhor tirar o Baby Yoda da sala”.

Em um ano, 120 milhões de usuários

Em um ano desde o seu lançamento, o grupo americano alcançou 120 milhões de assinaturas e está na sombra da Netflix, que tem hoje 195 milhões ao redor do mundo. A empresa de pesquisa de mercado Allied Market Research estimou que o mercado global de transmissão online de conteúdo atingiu faturamento de US$ 38,56 bilhões em 2018. O crescimento médio anual deve ser 18,3% entre 2019 e 2026, chegando a US$ 149,34 bilhões ao ano no fim desse período.

Segundo, Hernán Estrada, gerente-geral do The Walt Disney Company no Brasil, em entrevista à Folha.com, o objetivo é oferecer uma plataforma que “tem alguma coisa para todo mundo”, não se restringindo ao público infantil histórico. “Todos os conteúdos, de cada uma das cinco abas, com profundidade de oferta, vão conectar e engajar diferentes tipos de audiência.”

Várias parcerias foram feitas para o lançamento do Dinesy+, com Globo, Vivo, Mercado Livre e Bradesco para facilitar assinaturas e acesso, mas o conteúdo será restrito à plataforma.

Segundo especialistas, pode haver uma saturação do mercado brasileiro de streaming. No entanto, como o Brasil tem o título de TV paga mais cara do mundo, a transição para o vídeo por demanda permitiria um gasto maior com outras assinaturas.