Diversidade e inclusão na publicidade: muito mais que uma tendência - Sambacomm

Diversidade e inclusão na publicidade: muito mais que uma tendência

Data: 17/03/2021 - 06h00
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A representatividade dentro da publicidade é um assunto que tem sido cada vez mais falado e cobrado pelo público. Um estudo feito pelo Instituto Ipsos mostra que 70% das pessoas não acham a publicidade condizente com o mundo real e 63% delas não se sentem representadas nas peças publicitárias. 

Em contrapartida, as minorias representam a maior parte do consumo. 

De acordo com a agência, o poder de compra da comunidade LGBTQ+ é estimado em US$3,6 trilhões, e as mulheres controlam mais de 80% do consumo das famílias. 

Esse tipo de pesquisa mostra que a inclusão no marketing é muito mais do que uma ação ‘politicamente correta’, ela se faz necessária, oferecendo às marcas a oportunidade de melhorar as relações com seus consumidores.

Porém, essa ainda não é uma realidade. Sabendo disso, há uma grande oportunidade de crescimento aos negócios que se adaptarem a esse desejo dos consumidores, dado a enorme variedade de públicos que é mal representada.

Sabendo dessa necessidade, o Facebook lançou na semana passada uma série documental produzida na américa latina, que fala sobre o poder transformador da diversidade e da inclusão nos negócios.

É fundamental que os profissionais de marketing repensem a forma como suas campanhas de criação são produzidas, para que elas sejam capazes de refletir a sociedade na qual estão inseridas. A falta de inclusão vista nas campanhas publicitárias, vem de dentro, visto que poucas cadeiras nos times de criação são ocupadas por mulheres, LGBTs e pessoas de diferentes etnias, o que reflete no resultado final. 

No ano passado, a ONG More Grls propôs para agências de comunicação de todo o Brasil que 50% das vagas de criação fossem ocupadas por mulheres, alvo que foi atingido por várias dessas empresas. Para 2021, o objetivo é melhorar a equidade racial e de gêneros no mercado da comunicação. Facebook Latam Season

Em Brasília, foi aprovado um projeto de lei pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos que determina que, no mínimo, 5% do quadro de empregados deve ser formado por pessoas autodeclaradas trans e prevê a possibilidade de parcerias entre agências de emprego e organizações não governamentais voltadas à empregabilidade de pessoas trans para preenchimento das vagas.

Iniciativas como essas podem ter um grande poder dentro do mercado da comunicação. Se adotadas, a publicidade pode tornar-se mais diversa e as campanhas mais inclusivas desde sua concepção.