Linkedin Top Voices 2020: uma brasiliense entre os mais influentes da plataforma - Sambacomm

Linkedin Top Voices 2020: uma brasiliense entre os mais influentes da plataforma

Data: 18/11/2020 - 16h19
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Há pouco mais de um ano, a headhunter Aline Sousa enfrentava um dos maiores desafios profissionais de sua carreira: a busca por recolocação. Depois de passar por processos seletivos desgastantes e sentir na pele o que mães passam no mercado de trabalho, a brasiliense começou a voltar os olhos para o Linkedin, fazer networking e postar sobre suas vivências. E não é que o esforço e a dedicação valeram à pena? Hoje, com 343 mil seguidores, Aline é nada mais, nada menos do que a única brasiliense na lista de Linkedin Top Voice 2020 Brasil – ranking que destaca os 25 profissionais brasileiros que estão iniciando conversas relevantes na plataforma.

A recrutadora utiliza seu perfil para ajudar as pessoas que buscam recolocação ou que desejam ingressar no mercado de trabalho. Para isso, aborda temas relacionados a processos seletivos e universo profissional, convidando seus seguidores a pensarem sobre o próprio comportamento. Além disso, Aline aproveita o espaço para dividir as últimas novidades sobre o mundo do RH.

Em entrevista à Sambacomm, Aline conta como foi conquistar o título e o que espera daqui para frente:

– Antes de tudo, parabéns! Como você está se sentindo? Como foi receber essa notícia?

Foi uma grata surpresa! Eu escrevo há pouco mais de um ano, mas não estava trabalhando para ser Top Voice. Eu estava escrevendo as postagens de forma totalmente despretensiosa, não para conquistar o titulo. Eu sou a prova viva que o Linkedin funciona e funciona muito bem. Tem inúmeras possibilidades de conexão e networking. Se você se empenhar, você consegue. Eu não tive nenhum planejamento, não estava postando em prol do título e ele veio.

– E qual foi o caminho trilhado para conquistar esse título?

Antes de chegar ao Linkedin, eu estava em uma jornada de busca por recolocação profissional. Mas, em todo processo seletivo que eu participava, sentia aquela ar de discriminação por eu ser mãe, com perguntas do tipo: “Ah, você tem filho pequeno, né?”. Já participei de muitos processos seletivos muito tristes e difíceis e quem passava adiante eram sempre mulheres solteiras e sem filhos.

No ano passado, minha comadre falou para eu olhar vagas no Linkedin. Eu tinha um perfil, mas nunca tinha mexido muito. Comecei a entrar, ver como funcionava, passei a me interessar pela plataforma. Ingressei num grupo de networking. A partir daí, por indicação, entrei em uma plataforma de recrutamento on-line, fui me aprofundando e estudando cada vez mais Hunting para fazer as pesquisas certas para encontrar as pessoas certas.

– Foi aí que você começou a publicar mais?

Sim! Pensei comigo: “Posso usar minha experiência para ajudar as pessoas a entenderem melhor o lado de lá.”

Antes eu estava do outro lado da mesa, em busca de recolocação, e quis compartilhar dicas sobre como funciona esse mundo de currículo, de Linkedin, para fazer com que as pessoas se interessassem mais um pouquinho pelos bastidores do recrutamento. Foi aí que comecei a direcionar as postagens para as pessoas que buscam recolocação e estão entrando no mercado de trabalho agora.

 – Como você acha que conseguiu crescer tão rápido em tão pouco tempo? Como manter conexões reais com tantos seguidores assim?

Eu sempre trabalhei muito a humanização das relações no Linkedin. Sempre respondo todo mundo que comenta ou me procura no privado. Gosto de interagir. Outro ponto que influenciou também foi tudo que eu compartilho e o modo que eu falo: tudo que eu falo e posto é baseado nas minhas vivências. Essa forma de lidar com as pessoas e realmente entender o lado de cada um significa muito. Seis meses atrás eu estava com 75 mil seguidores, hoje estou com 343 mil. A gente lida com pessoas, sentimentos, não máquinas. É muito importante essa proximidade que você cria com o seguidor.

– Do ano passado, pra cá, o tom das suas postagens mudou muito em decorrência da pandemia?

Mudou em relação à modalidade dos processos seletivos. Antes, a gente não tinha muitas entrevistas virtuais. Quando começou a pandemia, todas as empresas tiveram que se adequar a esse novo modelo: vídeo currículo, entrevista por vídeo, entrevista por telefone. Comecei a explorar também essas formas de relacionamento que estavam surgindo. E as pessoas estavam começaram a engajar mais. Para elas, saber do que eu estava falando era importante.

– Por fim, o que você achou do top 25? Como você acha que esse título vai agregar na sua vida profissional?

Eu acho um máximo pensar que, neste ano, o Linkedin realmente fez uma lista bem diversa. Deram visibilidade para pessoas bem comuns, que não tinham fama, livros publicados ou coisas do tipo, assim como eu. Eles trouxeram essas pessoas para serem vistas e deram voz para a gente.

Tudo que eu faço, cada postagem é realmente direcionada para ajudar as pessoas. Para ser Top Voice, você tem que ter propósito no que faz. Com o título, espero conquistar novos projetos, expandir minha consultoria, dar palestras.