“O caminho da comunicação na rede social começa por tratar cada canal como único”, diz Sara Reis - Sambacomm

“O caminho da comunicação na rede social começa por tratar cada canal como único”, diz Sara Reis

Data: 11/02/2021 - 06h00
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Idealizadora do projeto “Então, compartilha” e empreendedora de negócios digitais em Brasília, a servidora pública Sara Reis acredita que, hoje, o caminho da comunicação na rede social começa por tratar cada canal como único, reconhecendo suas singularidades e público-alvo. Com mais de 15 anos de experiência nos setores privado e público, Sara se especializou em marketing digital em 2017 pela Universidade de Califórnia, nos Estados Unidos, e aplica todo conhecimento adquirido em posts rápidos e informativos no Instagram.

Com 31,2 mil seguidores, Sara entende do seu público como ninguém e conseguiu engajar uma rede específica de entusiastas da área também no serviço público: “Desde quando concluí o curso em 2017 resolvi utilizar meu conhecimento para focar em projetos que podem impactar desde o pequeno empreendedor até o servidor”, diz.

A servidora, que é responsável pelas redes do Senado, lembra que há três anos, por exemplo, no setor público, havia uma mentalidade muito arraigada de usar os canais de órgãos públicos como um meio para você levar para outro lugar. Em entrevista à Sambacomm, Sara compartilha sua visão sobre o mercado e fala como desenvolveu um trabalho que formou uma rede engajada de servidores públicos.

– Quando você começou a sair da esfera pública e conhecer mais do setor privado?

Em 2017, depois de 12 anos de experiência na área de comunicação pública. Já passei por tudo quanto é lugar no Senado e também já fui editora-chefe da TV Senado. Tinha uma vontade muito grande de estudar fora e falei: agora ou nunca. Após tanto tempo, resolvi expandir meus conhecimentos e embarquei para os Estados Unidos, onde estudei marketing digital na Universidade de Califórnia.

Voltei com a cabeça cheia de ideias! Cheguei aqui e pensei: se não fizermos alguma coisa, vamos ser engolidos. A nossa comunicação ficará obsoleta se não fizermos nada. Voltei muito agitada e inquieta. Tinha a opção de continuar trabalhando com TV e ficar na minha ou compartilhar o que estou aprendendo. Então, resolvi a mostrar às pessoas o que aprendi.

– Como a ideia do projeto surgiu?

Depois que terminei a especialização em Califórnia, fiquei um tempo em SP onde me dediquei a startups. Quando voltei para Brasília, pensei em transmitir o meu conhecimento e tive de tomar a decisão e escolher minha melhor audiência. Tive dois caminhos: falar para o servidor publico ou para pequenos empreendedores.

Hoje tenho muitos servidores públicos como público-alvo e eles também estão no meu grupo, onde passo dicas de marketing digital, atualizo sobre as notícias mais relevantes do dia a dia e mantenho todos atualizados sobre o mundo dos negócios. Quando a gente trabalha com negócios, a gente não pode perder tempo.

– Além dos projetos no setor privado, você também conseguiu implementar mudanças no Senado?

Os servidores de hoje não tem que só trazer a notícia, mas ajudar a comunicar de uma forma clara. Tive muito medo da nossa comunicação ficar obsoleta, mas hoje vejo o esforço de muitos profissionais interessados em se atualizar e realmente fazer comunicação pública. No setor público, tinha uma mentalidade muito de usar nossos canais como um meio para você levar para outro lugar. Temos que entender que o consumo é feito imediatamente naquela plataforma. Então eu e minha equipe começamos a adaptar.

O caminho da comunicação na rede social começa por tratar cada canal como único. Este é o momento que a comunicação tem que repensar muitos modelos de negócios e a forma como utiliza seus canais para comunicar.

No setor privado ou publico, não importa, trazer a informação, não é só noticiar, como a gente bem sabe. Infelizmente muitos profissionais estão perdidos e atiram para todos os lados, trabalhando todos os canais da mesma forma. Temos que entender a singularidade de cada um, estruturar a comunicação para moldar nossos negócios que geram frutos.