Pós pandemia: trabalho híbrido é escolha ideal para maioria

No ano marcado pela pandemia do coronavírus, o home-office tornou-se a opção que melhor se adequa a muitos trabalhadores. Com esse formato, os funcionários de vários segmentos puderam manter a rotina de trabalho, respeitando o isolamento social, necessário para evitar a contaminação pelo novo vírus que circula em todo o mundo. 

Porém, enquanto muitos consideram que o home-office é o modelo ideal para o trabalho e que não houve falta de produtividade, há quem sinta falta do trabalho presencial. 

É isso que aponta o estudo do Capterra, plataforma de busca e comparação de softwares do Gartner, que diz que 66% dos funcionários entrevistados preferem trabalhar no sistema híbrido assim que a pandemia de COVID-19 acabar. O estudo foi realizado entre os dias 13 e 18 de janeiro de 2021 e contou com a participação de 994 trabalhadores de pequenas e médias empresas de todo o país.

O modelo híbrido reúne a comodidade do trabalho remoto e as vantagens do regime presencial. Para muitos, reunir-se com a equipe e trabalhar na sede da empresa são fatores importantes para aumentar a criatividade e reduzir o estresse.

A analista responsável pelo estudo, Marcela Gava, destaca que a flexibilidade para fazer seu próprio horário e não perder tempo se deslocando até o local de trabalho se mostraram fatores determinantes para os funcionários se apegarem ao home office. Com isso, há um ganho na qualidade de vida, pois sobra mais tempo para as pessoas investirem em atividades que apreciam ou para estar ao lado de suas famílias.

Apenas 12% dos funcionários questionados no estudo do Capterra acreditam que o trabalho remoto seja a melhor escolha, mostrando que para a maioria dos brasileiros o contato presencial é importante para o desenvolvimento das suas atividades.

A pesquisa ainda mostrou dados sobre a produtividade, de acordo com o que disseram os entrevistados. 76% deles afirmaram que a produtividade se manteve igual ou maior no home-office. 

Porém 24% dos entrevistados sentem que seu rendimento foi impactado com o trabalho remoto. 

Entre as causas da queda na produtividade, destacam-se as distrações em casa, dificuldade em estar distantes da equipe de trabalho e outros empecilhos para seguir com as atividades. 

Mesmo antes do fim da pandemia, algumas empresas já analisam a possibilidade de mesclar os formatos, presencial e remoto, e já trabalham de forma a se adequar ao modelo híbrido. 

A ideia é que esse trabalho misto permita aos funcionários fazer em casa a parte de seu trabalho que exige concentração individual, reduzindo deslocamentos e equilibrando melhor a vida profissional e pessoal. Os escritórios, por sua vez, se tornariam local para treinamentos, socialização e colaboração, o que também ajudaria na redução de custos para as companhias.