Carnaval em abril: O marketing de eventos daqui pra frente

Data: 24 de janeiro de 2022 - 16:42
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“E se o carnaval cair em abril…” – Bastou a notícia do adiamento dos desfiles da Sapucaí pelo prefeito Eduardo Paes para choverem memes resgatando a letra de ‘E se…’ de Chico Buarque e Francis Hime, todos engajados na polêmica mudança de data.

Os Melhores Camarotes da Sapucaí: Carnaval 2020A medida, tomada como estratégia preventiva de combate a pandemia de COVID-19, acaba por movimentar o mercado publicitário, já que anunciantes e agências que tinham ações de campanha planejadas para o evento carnaval tiveram de rever suas estratégias; com o feriado oficial mantido em março e o desfile das escolas de samba deslocado para abril.

Sempre um momento para marcas estarem em contato direto com o público, a festa do carnaval – seja da rua, do salão ou do sambódromo – tem sido palco de ações publicitárias ao longo dos anos. Camarotes na Sapucaí, Sampling nos blocos de rua, Branded content com temas carnavalescos e muita exposição de marca em mídia são exemplos de inúmeras ações que tomam conta do Rio nesta época.

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Estratégias de marca focadas em eventos têm sofrido uma série de reinvenções, sinais dos novos tempos. Acesso híbrido (presencial e virtual) ao evento, suas atrações e ativações, maior atenção aos dados para um ROI mais assertivo, e a preocupação permanente com a segurança dos participantes são alguns dos pontos a imprescindíveis de serem seguidos.

E o carnaval?

Com a mudança de data da festa, o cenário de engajamento potencial para marcas pode ser difuso: por um lado, o cuidado de trazer a marca para um momento de aglomeração certa em meio a crise sanitária e ter de encarar sanções ou cancelamentos, e um possível esvaziamento de público pela preocupação com as cepas do coronavírus, replanejamento de viagens, e até choque de agendas – o feriado da Páscoa será na semana anterior ao carnaval de abril -.

Por outro lado, um Carnaval em ‘dois tempos’ levanta oportunidades: surfar a narrativa do momento e aproveitar a demanda latente daqueles que estão há dois anos sem pular o carnaval para uma aproximação cativante de lembrança de marca, valores diferenciados de compra de espaços de mídia e produção dada a incerteza de tamanho de audiência que se apresenta para o momento.