Social Selling: Setor de varejo cresce com novo modelo de relacionamento com cliente, aponta estudo - Sambacomm

Social Selling: Setor de varejo cresce com novo modelo de relacionamento com cliente, aponta estudo

Data: 22/01/2021 - 06h30
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O mercado brasileiro de vendas direta passou por uma transformação digital intensificada por novos modelos de relacionamento colaborativo entre marcas e consumidores. Conhecidas por social selling, as vendas realizadas por meio de redes sociais impulsionaram o crescimento no setor de varejos e cresceram 9% entre janeiro e outubro de 2020, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), que reúne as maiores empresas do setor. Já o número de empreendedores independentes saltou 11% no mesmo período.

Conjunto Nacional Shopping - Brasília (DF) | Brasilia, Brasília-df, Boulevard shoppingEm Brasília, mais de 11 mil empresas foram abertas durante a pandemia.  A capital teve um número de extinções de empresas abaixo quando comparado com o mesmo período de 2019, em que tivemos 5.315 fechamentos. Os dados constam de levantamento produzido pela equipe da Junta Comercial, Industrial e Serviços do Distrito Federal (Jucis.DF).

O movimento de constituição de novos empreendimentos foi maior nas regiões administrativas de Ceilândia (626), Plano Piloto (587) e Taguatinga (510).

O Conjunto Nacional foi um dos primeiros shoppings de Brasília a dar a opção para a compra por meio do Whatsapp. No site, algumas lojas dão a opção de fechar a compra pela rede social.

Migração para o digital

Os números podem ser explicados, de acordo com a associação, pelos processos de trabalho transformados durante a pandemia com muitos empreendedores migrando para o meio digital e utilizando as redes sociais para se manter de pé.

Para a presidente executiva da ABEVD, Adriana Colloca, com a possibilidade de a venda ser feita de forma digital, não há mais barreiras: “O relacionamento, o cuidado e o carinho da venda direta podem acontecer online, com conquista de mais clientes e maior divulgação dos produtos. Se as relações estão cada vez mais digitais, a venda direta segue esse caminho e encontrou solo fértil para crescimento”, diz em entrevista ao Mercado e Consumo.

A expectativa é de que o movimento se intensifique em 2021, abrindo novas perspectivas de atuação para os empreendedores individuais. “Nesse momento, de tanto desemprego e queda no poder aquisitivo, a venda direta é uma ótima oportunidade de empreender, com flexibilidade de horário, sem chefe, com grande variedade de boas marcas e produtos e baixo custo de entrada. Formou-se uma rede de empreendedorismo social, com toda a capilaridade que é característica do setor, dinamizando o poder de alcance desse modelo de negócio”, diz Adriana.

Em Brasília, uso das redes para empreender é maior entre mulheres

Brasília não fica de fora da tendência, principalmente no que diz respeito ao empreendedorismo feminino. A última pesquisa do Sebrae mostrou que 71% das mulheres que estão à frente dos negócios fizeram uso das redes sociais, aplicativos e internet para vender seus produtos.

Em entrevista à Sambacomm, Renata Malheiros disse que diversos fatores podem influenciar esse comportamento na capital. Um deles é que, nas redes, as mulheres têm mais flexibilidade para trabalhar e lidam com menos preconceito. Eu acho que as mulheres vão continuar a empreender cada vez mais nas redes sociais. Outro fator importante que favorece isso: a empatia no mundo digital e competitivo é fundamental. Se você não tem agilidade, cortesia, você perde mercado. Como o nosso comportamento é cultural, somos ensinadas mais sobre empatia do que os homens.