“Somos a agência com foco no mercado privado do DF mais premiada de 2020”, comemora  João Pedro (Look ‘n Feel) - Sambacomm

“Somos a agência com foco no mercado privado do DF mais premiada de 2020”, comemora  João Pedro (Look ‘n Feel)

Data: 12/01/2021 - 07h11
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Com o estigma de ser dominado pelo setor público, o mercado de comunicação de Brasília deu sinais de mudanças em 2020. Marcas brasilienses deslancharam no ano passado e desenvolveram projetos que conquistaram o público. O novo cenário que se apresentou com a pandemia consagrou, por outro lado, agências brasilienses. É o caso da rede Look ‘n Feel, que conquistou prêmios no Brasil e afora: “Somos a agência com foco no mercado privado do DF mais premiada de 2020”, comemora o sócio e CEO João Pedro Costa.

Há nove anos no mercado, a Look ‘n Feel conquistou a medalha de ouro no Prêmio Lusófonos  da Criatividade pela reestruturação da identidade visual do Jornal de Brasília. No Prêmio Colunistas, a agência conquistou uma medalha prata, duas de bronze e um trabalho finalista.

Um grande crítico dos trabalhos conhecidos como “caça-prêmio” – aqueles feitos por agências apenas com o objetivo de conquistar uma medalha –, João Pedro Costa criou a agência pensando única e exclusivamente em empreender. Em entrevista à Sambacomm, ele conta como é atuar num segmento pouco explorado em Brasília e qual a sua visão sobre o mercado de comunicação da capital.

– Como foi o começo da Look? Você sempre foi um grande crítico dos trabalhos “caça-prêmio”, como se sente hoje conquistando reconhecimento por premiações nacionais e internacionais?

O prêmio pelo prêmio serve para alimentar o ego e não necessariamente garante resultados excelentes pros clientes. Eu estudei economia e acabei abrindo a look mais pela vontade de empreender do que de abrir uma agência de comunicação caça-prêmios. Eu e o Lucas Lopes abrimos uma agência digital e ao longo do tempo começamos a mudar bastante coisa.

Hoje, nossa rede é mais que um negócio: temos dois escritórios no Brasil e outro em Lisboa. Eu sempre trouxe para a comunicação a bagagem que eu tinha do dia a dia dos negócios. Os desafios que a gente precisa vencer para mexer o ponteiro do relógio e gerar lucro. Sempre atuamos com mais foco na resolução do problema do que em campanhas “criativonas”.

– Vocês são a agência com foco em mercado privado mais premiada do ano. Como se sente com essa conquista num mercado dominado pelo setor público?

Nunca atendemos nenhuma conta pública. Começamos com clientes muito pequenos, recebendo, por exemplo, R$ 800 por job. As coisas foram evoluindo graças ao nosso trabalho e nosso foco. Há alguns anos, a gente participou de uma licitação da Infraero, onde 11 agências participaram e duas ganharam. Ficamos em quinto lugar. Atualmente não é o foco do nosso trabalho.

– Com quase 10 anos de experiência no mercado, como vê o setor? Enxerga Brasília competindo com outros lugares?

Vejo que têm trabalhos muito bons a serem desenvolvidos no mercado privado também. Nessa área, temos mais liberdade para usar nossa criatividade com foco no resultado esperado pelo cliente. Em comparação com o setor público, vejo que temos verbas de grandezas muito diferentes. O impacto que a agência tem no negócio privado de um cliente pode ser até maior do que com uma conta pública. Acredito nisso porque ajudamos os clientes a mover o ponteiro.

– A relação entre cliente e agência mudou muito no último ano?

Nós não funcionamos como uma agencia tradicional que vai reunir com você, receber ou passar um briefing. Nós trabalhamos em várias etapas, com dinâmicas que a influenciam a marca a emergir de dentro pra fora. Nossos clientes tem um papel fundamental na construção dos nossos projetos.

O trabalho de rebranding do Jornal de Brasília trouxe, por exemplo, mais clareza nos territórios que a marca pretende se comunicar, os lugares que fazem sentido ela estar presente, o tom necessário da comunicação. Tivemos resultados bastante expressivos.

– O que fez você mudar ideia em relação aos prêmios de publicidade?

Ao longo dos anos, fui amadurecendo isso. Há alguns anos a gente inscreve algumas coisas, mas esse ano foi o que nos sentimos melhor. Não criamos com a intenção de ganhar o prêmio, foi uma consequência.  Quanto mais coisas impactantes você fizer, mais resultados extraordinários você vai gerar.

Na verdade, nos inscrevemos no Lusófonos bem descrentes. Mas a gente tinha um case robusto, criativo e pensei: “Vamos meter as caras, já temos escritório em Lisboa”. Acho que a gente tem que deixar de ter síndrome de vira-lata e meter as caras, às vezes a gente fica cheia de dedo com cases incríveis. O Brasil está ganhando cada vez mais reconhecimento e hoje tem um nível alto de expressividade nas premiações.